O aumento da ocorrência de fenómenos extremos de causa natural, como Tempestades, Chuvas Torrenciais Ventos Ciclônicos, Inundações, Secas, Incêndios Florestais e Sismos, etc, tem sido uma constante nos últimos anos e noticia em todos os meios de comunicação.
Para a Indústria Seguradora o impacto nas indemnizações pagas tem sido fator de discussão técnica, estima-se que só em Portugal de 2009 a 2019, segundo a APS (Associação Portuguesa de Seguradoras), as indemnizações tenham atingido o valor de 750 milhões €, com mais significado nos anos de 2010, 2013, 2017 e 2018.
Os desafios para a Indústria seguradora são complexos e difíceis de impactar nas tarifas a aplicar ás apólices, normalmente estes fenómenos ocorriam em zonas de pouca penetração de seguros (países de baixo rendimento e desenvolvimento económico) mas o que se tem registado ultimamente é que estas ocorrências extremas têm sido globais, afetando todos os hemisférios.
Em Portugal, as inundações que aconteceram recentemente Lisboa, com incidência em Algés, com prejuízos de dezenas de milhões de euros, devem ser um exemplo a ter em conta para alertar os consumidores para a importância destes tipos de coberturas adicionais.
As coberturas adicionais nos seguros de proteção contra mudanças climáticas e desastres naturais são fundamentais para garantir uma proteção abrangente e eficaz. As coberturas básicas podem não ser suficientes para lidar com os custos elevados e as consequências imprevistas desses fenómenos. Por isso, as coberturas adicionais, tornam-se essenciais para assegurar que os segurados tenham a resiliência financeira necessária para enfrentar e recuperar de tais catástrofes, minimizando as perdas e garantindo uma recuperação mais célere e eficaz.
Já analisou a sua apólice de Multirriscos Habitação, Comercial, Industrial, que tem contratadas, para saber o nível de cobertura que oferecem, os capitais abrangentes e limites de indemnização por sinistro / franquias das coberturas?
Do ponto visto técnico, sempre que possível devem ser incluídos as seguintes coberturas nas apólices:
– Fenómenos da Natureza
– Fenómenos Sísmicos
– Aluimentos de Terras
– Inundações
– Danos por água
– Pesquisa de Avarias
Em suma, à medida que os fenómenos climáticos extremos se tornam mais frequentes e intensos, é crucial que as pessoas e empresas compreendam a importância de uma cobertura de seguro adequada e abrangente. A análise cuidada das apólices e a inclusão de coberturas adicionais específicas são passos essenciais para garantir que, em caso de desastre, as perdas financeiras possam ser minimizadas e a recuperação seja mais rápida e eficiente. Investir em seguros robustos é, sem dúvida, uma medida prudente e necessária para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas e para proteger o que mais importa.